A sensação de fome sempre foi presente na minha vida. Eu me lembro de desde a adolescência tentava não comer tanto e driblar a fome. Então ia dormir com aquela sensação de que não estava satisfeita.
Depois de adulta então é que a coisa piorou.
Eu fazia um esforço danado para ‘enganar’ o estômago, comia bem pouquinho… tipo prato francês, sabe? Em que tudo é servido bem pouquinho mesmo. Ou me enchia com comidas que acreditava sem efeitos no peso, com poucas calorias, como abacaxi e melancia.
Eu me lembro de me forçar a mastigar a comida centenas de vezes na boca, para ver se assim funcionava e eu me sentia satisfeita. Mas tudo era em vão.
Era uma sensação horrível… sentia meu estômago revirar. Eu tava sempre à espera da próxima refeição, porque nunca nunca tava satisfeita com a minha.
Vivi assim boa parte da minha vida. Mas aos 40 tudo mudou. Foi quando eu descobri essa filosofia do comer comida de verdade, mais low carb, que eu passei a me sentir saciada… e emagrecendo. Por isso é que sou fã dessa abordagem.
Claro, não é a única que funciona, mas é a mais comprovada cientificamente e testada na prática. O alívio da fome é relatado por todas as pessoa que adotam esse estilo de alimentação.
No começo, é claro, eu fiquei com um pé atrás. Essa metodologia ia contra tudo o que haviam me ensinado até então, ia contra tudo – ou quase tudo – que o senso comum nos aponta como o ‘caminho certo para emagrecer’, como “fechar a boa”, comer pouco e comer de 3 em 3 horas.
Foi uma verdadeira quebra de paradigma.
Mas, após quase um mês imersa nos estudos dessa abordagem, ainda um pouco com medo de comer, resolvi arriscar. Eu não tinha nada a perder.
É claro que nessa abordagem há algumas restrições. Não é uma coisa desregrada. Mas qual área de vida que não precisamos fazer certas restrições e escolhas para conseguir resultados?
Os primeiros meses foram meses de descobertas. Eu redescobri a sensação de comer até me sentir saciada. Redescobri a sensação de que não precisar ter medo da comida. Redescobri que podia ser feliz comendo coisas diferentes, sabe?
Além disso, meu organismo fez um ‘click’! Foi uma super virada de chave e em pouco tempo, além de emagrecer, passei a perceber outros benefícios no meu corpo e nas minhas emoções. Mais disposição, sono melhor, menos enxaqueca, saúde em geral melhor, mais claridade mental, estabilidade do humor, etc. Até minhas unhas ficaram mais fortes! Antes eram super quebradiças!
Em pouco tempo, virei referência entre meus amigos e minha família, porque as pessoas simplesmente viam o resultado no meu corpo. Passaram a pedir ajuda, pois queriam obter esses benefícios também.
Acompanhei essas pessoas e elas tiveram excelentes resultados também. Ganharam muito mais que o corpo que buscavam, pois passaram a se relacionar com a comida de forma tranquila e saudável pela primeira vez. A fome não fazia mais parte do cardápio delas.
Outra mudança que as pessoas relatam ao aplicar a metodologia é que o metabolismo delas mudou. Ou seja, aquela pessoa que vivia, como eu, lá atrás, com fome, comendo pouco e sem disposição, mas precisando comer toda hora, agora sentem uma grande disposição e não sentem mais necessidade de comer a toda hora. A fome diminui ao passo que o corpo vai se sentindo forte e energizado com o novo tipo de ‘combustível’ que está recebendo.
É claro que será necessária uma nova forma de pensar o alimentar e uma nova forma de saber o que comer e o que abrir mão. É o que eu disse: não é desregrado! Mas aplicando a metodologia você pode (talvez pela primeira vez) escolher o que você vai querer fazer: se vai controlar a qualidade ou quantidade de comida.
Tenho uma amiga, por exemplo, que disse que posso ‘tirar tudo dela’ menos o café com bolo. Ela escolheu manter esses hábitos e comer feito um passarinho, regrando a quantidade. Pra ela tem dado certo.
Mas e você? Você já cansou da sensação de fome? Já cansou de viver esperando a próxima refeição?
Talvez, eu e você sejamos mais parecidas do que você pode imaginar. E eu resolvi os meus problemas em relação a ganho de peso, fazendo uma escolha. A escolha de comer só alimentos que realmente são comida de verdade, ou seja, aqueles que a natureza nos oferece!
Separei 2 dicas pra você já começar a aplicar tudo o que aprendeu aqui:
- Na dimensão física, evite alimentos processados e industrializados: açúcar, farinha, pão, bolo, barrinha de cereais… tudo isso não traz benefício para o seu corpo. Tente focar no binômio bicho-planta. Ou seja, tente buscar alimentos in natura, para começar a sentir todos os benefícios que citei aqui.
- Na dimensão emocional: conecte-se com o seu corpo, preste atenção nos sinais que o seu corpo está emitindo. Anote quando sentir as fomes repentinas e observe se está ou não relacionada a algum gatilho emocional. Invista no autoconhecimento.
Com essas duas dicas você já será capaz de em pouco mais de um mês já estar se relacionando de uma forma diferente com o seu corpo, com as suas emoções e com a sua fome. Seja paciente e persistente e veja os resultados aparecerem!
A qualidade da sua alimentação tem tudo a ver com a forma como você está se sentindo hoje. Então, por que não se arriscar?